É só obeservar suas telas e falar com ele para perceber que não tem o aprendizado de técnicas variadas ou manipulação de materiais diversos. Ou seja, contato com repertório da história das artes plásticas e o desenvolvimento de uma linguagem plástica. Isso afirma que, definitivamente Sinval travou contato com a pintura somente após ouvir a misteriosa voz. Não há evidencias de que tenha freqüentado, se quer, uma exposição ou folheado catálogos.
O seu estilo primitivo, naif, não tem como se comparar a nenhum dos pintores do gênero como por exemplo Heitor dos Prazeres ou Antônio da Silva, pois ele não tem ninguém como referência artística e não sabe o nome de nenhum pintor. Ficou sabendo que sua pintura é chamada naif porque alguns artistas passaram por ali e lhe disseram.Também ficou sabendo que existem outras técnicas como óleo sobre tela, onde já realizou poucos trabalhos devido os valores dos materias; quer conhecer o surrealismo - o que seria até mais aceitável no caso de sua visão-, entre outras.
Se foi herança ou não, quem quer que seja sabe-se que foi muito generoso com Sinval que realiza um trabalho muito autoral, visceral e imprime um colorido surpreendente m suas telas. É detalhista em suas obras como o prédio Martinelli, Viadutos do Chá e de Santa Ifigênia, Prefeitura, Praça da Sé, Mosteiros de São Bento e da Luz, Museu Paulista entre outros. Foi esta a forma de agradecer em pinceladas acrílicas que retratam paisagens e arquitetura de pontos importantes da capital paulistana, que vislumbram os que gostam da boa arte primitiva. Muitos fizeram a fazem este tipo de pintura arquitetônica da cidade, mas uma coisa é certa, Sinval não é apenas mais um a fazer isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário